Anos 80: a melhor década da música?

19 de abril de 2018 por na categoria Áudio com 8 e 0
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Um fato que não tem como ser negado é que as músicas dos anos 80 se tornaram uma referência no mundo todo, e em certos casos mais exagerados, um vício! Podemos constatar essa afirmação com as diversas rádios e baladas especializadas em anos 80, e também temos hoje a tecnologia a nosso favor. Faça uma busca no Google por “anos 80” e você vai encontrar quase 30 milhões de resultados! No Youtube a mesma situação se repete, com mais de 7 milhões de resultados.

Quem viveu nessa época se lembra que em qualquer lugar que se ia, fosse uma danceteria, festa na casa de amigos, barzinhos e em qualquer outro lugar que tivesse música tocando, com certeza tocava Tears for Fears, Cyndi Lauper, New Order, Depeche Mode, Aerosmith, Gazebo, Culture Club, A-Ha e outras pérolas. E assim continua até hoje! Mas o que será que acontece na década de 80 para que a música se tornasse tão especial? É o que vamos te mostrar agora!

A invasão da tecnologia

Nos anos 70 muitas bandas já faziam uso de tecnologias diferentes para criar músicas, mas essa tecnologia era cara, difícil de se encontrar e ainda mais difícil de se usar. Já no início dos anos 80, a coisa mudou de figura, principalmente com os novos sintetizadores e baterias eletrônicas, fáceis de usar e com preços mais acessíveis. No caso dos estúdios de gravação, ficava mais fácil de se gravar, com o uso de computadores e sequenciadores, que facilitaram muito o trabalho dos engenheiros de som. Toda essa tecnologia facilitou para que novas bandas pudessem mostrar sua criatividade.

Bandas como New Order, Depeche Mode, A Flock of Seagull e outras chamadas de Synth Pop explodiram no mundo, com o uso primário de instrumentos eletrônicos.

A esquisitice toma conta

Não que em outras épocas a música fosse mais careta, mas nos anos 80 ela com certeza adotou conceitos mais fora do comum, talvez por causa das novas possibilidades trazidas pelos instrumentos eletrônicos, e também por influência da mistura de estilos, como rock, pop, reggae, hip hop e outras, numa crescente mistura nunca vista antes. A experimentação corria solta, bandas criavam novas notas, reinventavam o uso de instrumentos convencionais. A moda também teve seu momento estranho, com os integrantes das bandas usando roupas e penteados com cortes diferentes e cores berrantes, numa clara apologia à fuga de regras, o que de certa forma atingiu o estilo musical.

Neste caso, Cyndi Lauper e Aerosmith são exemplos perfeitos.

Os problemas políticos e do mundo

Os anos 80 viram um cenário nada bom. O guerra fria estava no pico, incertezas políticas deixavam o mundo todo com receio, os problemas climáticos aumentavam… O que isso tudo tem a ver com a música? Tudo! Pode soar maluquice, mas em momentos de pressão mundial, com os sentimentos à flor da pele, os músicos conseguem inspiração para criar músicas notáveis. Pense por exemplo em U2, The Clash e The Smiths, criando músicas de protesto que se tornaram hinos clássicos.

O crescimento econômico

Na década de 80, apesar dos problemas comuns, a economia crescia. A classe média mundial podia comprar bens de consumo com mais facilidade, o que incluía instrumentos musicais! E claro, comprar discos de vinil e fitas K7 também, o que dava uma nova perspectiva musical para os músicos, com a fusão de outras culturas, o que é ótimo para a música. Bandas e artistas podiam investir cada vez mais para criar suas músicas, com a facilidade de se ter dinheiro nas mãos e novos conceitos criativos na cabeça.

David Byrne e Peter Gabriel aproveitaram dessa situação e viajaram pelo mundo para criar músicas sem fronteiras, o que gerou um novo estilo: a World Music.

O interesse das gravadoras

As gravadoras, consideradas por muitos músicos como as grandes vilãs, sempre procuraram artistas que seriam sucesso de vendas. O lucro era sempre o ponto. Nos anos 80 também foi assim, mas com o surgimento de tantas bandas, fazendo sucesso mesmo que com apenas uma música, levou a indústria musical a contratar mais com menos lucro, para satisfazer o público que, com a ascensão econômica, comprava discos e fitas em volumes nunca antes vistos. Os shows também eram constantes, e no caso de bandas novas, elas se apresentavam em bares e casas noturnas, onde sempre tinha um olheiro de gravadora à procura de oportunidades. Muitos olheiros aprenderam a ver não a qualidade da banda, mas sim a reação do público.

8 comentários

  • Wenceslau
    on 23 de agosto de 2019 Responder

    Muito bem e diria por excelência a quem ainda valoriza expressamente pela matéria redigida e pelo estudo.. A vivência daqueles tempos parabéns. E friso:-Que as boas memórias ocorram além da nossa existência. Cumprimentos

  • ROBERTO
    on 27 de abril de 2020 Responder

    Não concordo muito com você, isso tudo tem hoje, principalmente com a invasão da tecnologias, hoje em dia se faz musicas até em um quarto, e qual o motivo da maioria das músicas não prestarem para nada? sem letras, sem motivo, sem intenções, porcaria total!

    • Lucy
      on 21 de junho de 2020 Responder

      você é extremamente ignorante ao falar que a maioria das músicas de hoje em dia são sem motivos e sem intenções, dá para perceber claramente que você não acompanha o cenário musical atual, e além disso, as músicas dos anos 80 eram super comercias e todas suas características eram moldadas para a venda, então pesquise mais antes de falar merda.

      • MARY
        on 26 de setembro de 2020 Responder

        Na verdade LUCY ele não está errado não.
        Hoje temos pessoas que não tem pretensão nenhuma como artistas e usam dos materiais para lucro próprio.
        Hoje com o autotune temos a condição de colocar pessoas que não cantam nada na mídia. Hoje temos músicas mais do que comerciais(100%) descartável em vários aspectos.
        Eu posso te dizer o tamanho das Influências dos artistas do passado, posso te dizer as músicas atemporais que eles fizeram e afins.
        No popular eles tinham Michael Jackson, considerado o maior cantor de todos os tempos, hoje quem temos com essa mesma profundidade???
        (E eu digo mesma)
        Se vc ver artistas de hoje estão voltando ao estilos dos anos 80 de tão valorizado que ele foi.
        Atualmente só temos artistas ruins no mainstream que buscam dinheiro com Hits chicletes, fracos e com uma musicalidade similar. No underground temos algumas coisas melhores, porém não tem engajamento.
        A arte para o século 21 mais precisamente em 2020 perdeu essência, já que hoje podemos fazer mais famosos do que artistas conceituais e verdadeiros que fazem sua arte além do valor.
        Músicas comerciais não são ruins, e nunca foram.
        O lance é que a época de se fazer arte de verdade deu um STOP, hoje tá na hora de fazer dinheiro, assim como a filosofia tbm mudou e passou a se tornar algo insuficiente.
        Resumindo, a música hoje em dia está fácil ao par do horrível em seu cenário popular.

      • ANGELO
        on 7 de janeiro de 2021 Responder

        Lucy, a ignorância lhe salta a pele, você no mínimo é uma alienada, não tem respeito nenhum e por este motivo não merece o meu. Toma vergonha e trate os outros com mais delicadeza, ou você é a dona da verdade? Qual é a sua, cada um tem uma opinião, eu tenho a minha, as músicas de hoje são lixos completo… Não gostou, chupa!

      • JR Santastico
        on 21 de fevereiro de 2021 Responder

        Quanta falta de educação!

  • Elias
    on 18 de abril de 2021 Responder

    Pensei que citaria grandes nomes da música da área negra como grande Michael Jackson etc junto com madonna foram os responsáveis para as mudanças e estilos na área da musica e no clip mas vc preferiu só cintar bandas de rock meu deus parece até prenconceito

  • Mario
    on 30 de junho de 2022 Responder

    Eu Sou fascinado pelos anos 80 desde que me.comheco por gente, não acho que seja por causa da tecnologia pois se fosse assim, as músicas só tenderiam a melhorar, e não é o que vemos hoje.
    O fato é que tem algo de especial nessa decada

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